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Pastor critica investigação do MP sobre intervalos bíblicos: “Controle da liberdade”

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O pastor Teófilo Hayashi condenou a investigação contra encontros bíblicos nos intervalos em escolas estaduais em Pernambuco, em vídeo publicado no Instagram na segunda-feira (25).

Os encontros, realizados pelos alunos para orar e estudar a Bíblia, se tornaram alvo de investigação do Ministério Público (MP), após denúncias do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Pernambuco (Sintepe).

O Sindicato argumentou que o espaço público das escolas não devem ser usados para eventos religiosos, a fim de garantir a laicidade nas instituições de ensino. O Sintepe ainda criticou os chamados “intervalos bíblicos” por não ter a participação de outras religiões e serem feitos sem a supervisão da escola.

Em resposta às denúncias, o MP fez metas com a Secretaria de Educação para resolver a questão. Entre as medidas de regulamentação está o envio da lista de escolas que estão permitindo encontros evangélicos e o envio de uma cartilha sobre o ensino religioso para direcionar as escolas.

“Agora os caras estão querendo regular tudo. É um absurdo, isso é um controle da liberdade religiosa escancarada”, denunciou Hayashi.

“Não fere o Estado laico”

O pastor destacou que os cultos nas escolas são uma iniciativa dos alunos. “As reuniões não são obrigatórias, elas são voluntárias. Nenhum aluno está sendo constrangido, obrigado a participar. As reuniões são organizadas pelos próprios alunos e não tem nenhum representante do Estado lá, que está recebendo do governo”, afirmou.

“Os alunos não estão se reunindo em horário de aula, eles não estão matando aula para fazer intervalo bíblico. Pelo contrário, estão pegando o próprio período do intervalo, no qual eles poderiam fazer qualquer outra coisa, falando de outros assuntos, fazendo vídeo de TikTok. Mas, eles decidiram estudar a Bíblia, qual o problema disso?”, acrescentou.

E o líder questionou: “Seria diferente se eles tivessem se reunindo para falar de uma obra literária, de matemática. Será que o sindicato faria esse estardalhaço que estão fazendo?”.

Téo refutou o argumento usado pelo Sintepe. “Uma reunião voluntária de jovens cristãos para ler a Bíblia, orar em público em escola pública não fere o Estado laico de forma nenhuma”, enfatizou o pastor. 

“O próprio sindicato afirma que os órgãos públicos não estão promovendo e incentivando os intervalos, apenas permitindo que eles aconteçam. Por isso, se outras religiões quiserem fazer o mesmo, que façam, pois também terão seus direitos garantidos pela Constituição”, lembrou.

Tentativa de controle

Para o líder do movimento Dunamis, a ação do Sindicato e do MP é uma tentativa de controlar a expressão religiosa dos estudantes.

“Isso sim que fere o Estado laico. É uma medida laicista, que já está encaminhada para uma perseguição religiosa. Está limitando o direito de expressão da religião cristã. Isso é inconstitucional”, declarou Téo.

Segundo Hayashi, o caso mostra que existe uma construção de um sentimento anticristão na sociedade brasileira.

“Eu quero ver a atitude desse sindicato se fossem reuniões do candomblé, da umbanda, e até dos islâmicos. Eu duvido que falariam alguma coisa. Eles seriam acusados de intolerância religiosa”, comentou.

“A fala, o pensamento comum é que os cristãos são homofóbicos, fundamentalistas, hipócritas, preconceituosos, corruptos. Esse discurso está sendo repetido tantas vezes que ele vai, de maneira inconsciente, se instalando no subconsciente social, como se o cristianismo fosse o inimigo”.

Risco de perseguição

Téo Hayashi alertou para o risco de perseguição contra cristãos no Brasil, como já acontece em países ocidentais. 

“Se isso continuar acontecendo, daqui a alguns dias, o problema não vai ser um intervalo bíblico, vai ser a própria Bíblia. Ela vai ser taxada de livro de ódio. Essa é a agenda da esquerda, dos liberais, do secularismo humanista”, disse.

“Existem países no Ocidente hoje que se você ler certos trechos da Bíblia publicamente você pode ser preso. O próprio evangelismo já é visto como uma atividade orpessora”.

O pastor chamou os cristãos a se posicionarem em defesa da liberdade religiosa. “Se você não abrir a boca, se não se posicionar nas tuas mídias, nas suas interações, estamos caminhando para o fim de nossas liberdades”, ponderou.

“A Igreja precisa despertar. Só estamos nessa situação adversa, porque nós não ocupamos os espaços na sociedade. Jovens cristãos, precisamos despertar urgentemente para começar a cumprir o papel da Ekklesia. Somos chamados para sermos vetores do Reino de Deus e discipular a nação. Precisamos ocupar os espaços com os valores do Reino”, concluiu Hayashi.