Após o International Mission Board (IMB) publicar uma mensagem evangelística durante o período das Olimpíadas de Paris no Facebook, uma mulher respondeu relatando seus desafios. A partir desta interação, Jesus alcançou e transformou sua vida.
A voluntária americana Mary, de Indiana, leu a resposta: “É difícil”, que Sara respondeu no post: “Como podemos orar por você em nome de Jesus?”. No mesmo instante, ela sabia que a mensagem era um pedido de ajuda.
Em oração, Mary enviou uma mensagem de esperança a Sara que morava do outro lado do mundo, na África do Sul. Na noite seguinte, Mary recebeu outra mensagem, porém, o pedido de socorro era mais urgente que o primeiro.
“Minha esperança está morrendo. Estou desistindo agora”, escreveu Sara.
Sara cresceu em um lar abusivo com uma mãe alcoólatra e nunca conheceu o pai. Aos 18 anos, ela fugiu de casa e se casou.
Embora tenha crescido muçulmana, ela se converteu depois de ouvir sobre Jesus. Sara e o marido serviram em uma igreja juntos por anos. No entanto, após o marido decidir ter uma segunda esposa – o que é comum na cultura deles – ela fugiu de casa.
A princípio, Sara ficou com a irmã. Mas, quando a irmã descobriu que ela havia se convertido, a expulsou. E assim, Sara acabou em um barraco na área de extensão do município de Joanesburgo.
No dia 29 de julho, Patti e Doug Irvin, missionários do IMB na África do Sul, receberam uma mensagem sobre uma mulher chamada Sara, que havia respondido a um dos posts evangelísticos do ministério no Facebook.
Devido às circunstâncias, Mary não tinha condições de auxiliar Sara apenas de forma remota. Por isso, ela pediu que Patti e Doug ajudassem, pois tinham a facilidade de estar na mesma região.
Esperança renovada
Patti ligou para Sara e ela informou que estava “morrendo de fome” e não comia há dias. A missionária percebeu que Sara precisava de ajuda física e espiritual.
Ela e Doug compraram mantimentos e foram até a casa de Sara, que ficava a uma hora de distância.
Sara chorou ao ver os missionários e relatou que havia tentado suicídio no passado, felizmente seus planos falharam.
Com a visita dos missionários, ela sentiu gratidão por estar viva e reconheceu que o Senhor ouviu e respondeu às suas orações. Nos dias seguintes, Patti e Doug continuaram encorajando Sara e ajudaram a conectá-la a uma igreja local.
“Nós dissemos a Sara que os crentes na Itália, nos EUA, na África do Sul e em outros países estavam orando por ela. Isso lhe deu muita esperança”, disse Patti.
Sara e seus pastores. (Foto: Reprodução/IMB)
Evangelismo virtual
A publicação que Sara viu no Facebook faz parte de uma nova iniciativa de evangelismo digital que a IMB lançou durante os Jogos Olímpicos de Paris. Os posts fazem perguntas como “Eu sou o suficiente?” ou “Você às vezes se sente sozinho?” e são compartilhados nas redes sociais.
Assim, os interessados terão a oportunidade de falar com um voluntário cujo objetivo é compartilhar Jesus, falar sobre a Bíblia e oferecer oração à pessoa.
De acordo com o IMB, durante as Olimpíadas, 8,1 milhões de pessoas viram um dos anúncios e quase 7.000 pessoas enviaram mensagens. Mais de 500 conversas evangelísticas aconteceram e 31 pessoas aceitaram Jesus.
“Começamos este projeto porque queríamos explorar a natureza global das Olimpíadas. Sabíamos que as pessoas viriam fisicamente, mas sabíamos que bilhões a mais estariam em seus dispositivos”, explicou Brant Bauman, estrategista de engajamento digital do IMB para a Europa.
E continuou: “Nunca esperamos que algo assim acontecesse. Só Deus poderia ter feito isso. Vale a pena notar que esta não foi uma pequena corrida feita por alguns, mas sim um esforço colaborativo massivo. É um lembrete de que não fomos chamados para o isolamento, mas sim para um corpo unificado de crentes”.
“Todos nós podemos cumprir a Grande Comissão, seja acessando a internet, respondendo e enviando mensagens, orando, ligando, se reunindo, levando comida ou conectando alguém a uma igreja local”, acrescentou ele.
O IMB está animado para ver como o engajamento digital continua criando novas oportunidades de evangelismo e envolvendo as pessoas em suas jornadas até Cristo.
“Há muito mais ‘Saras’ por aí que precisam de nossa oração. E há mais pessoas por aí que nunca terão acesso ao Evangelho a menos que vamos para o campo missionário digital”, concluiu Bauman.