Nesta terça-feira (10), as Forças de Defesa de Israel (IDF) atacaram um centro de comando e controle do Hamas situado na Mesquita Al Farouq, na área de Bureij, na Faixa de Gaza.
A Mesquita Al Farouq foi destruída por um ataque das Forças de Defesa de Israel (FDI) em março, conforme reportado pela agência estatal turca TRT.
Segundo informações, o Hamas teria usado a antiga mesquita para lançar ataques terroristas contra as tropas da IDF e Israel.
As IDF informaram que, antes do ataque, que foi realizado com base em informações da Diretoria de Inteligência Militar e da Shin Bet (Agência de Segurança de Israel), diversas medidas foram adotadas para reduzir o risco de ferimentos a civis. Entre essas medidas, estiveram o uso de munições precisas, vigilância aérea e coleta de inteligência adicional.
Uma base perene
A Mesquita Al Farouq já foi utilizada como base de operações do Hamas anteriormente, na Guerra de Gaza de 2014, quando também foi destruída, segundo o Centro de Inteligência e Informação sobre Terrorismo Meir Amit (MAITIC). O MAITIC é um centro de pesquisa sobre terrorismo em Israel.
O MAITIC informou que a mesquita foi destruída por ter sido usada como base de operações do Hamas e também como depósito de armas.
“O Hamas e outras organizações terroristas utilizam sistematicamente muitas mesquitas na Faixa de Gaza para fins militares e políticos. As mesquitas na Faixa de Gaza são usadas não apenas para adoração, mas também para diversos propósitos militares e políticos”, observou o MAITIC.
Islamismo
O MAITIC também especificou que isso é permitido pela forma de Islamismo seguida pelo Hamas.
“O Sheikh Yusuf al-Qaradawi, principal modelo religioso do Hamas, [permite] o uso de mesquitas para fins militares como parte do jihad (guerra santa), que é considerado legítimo,” afirmou o Centro.
O MAITIC também afirmou que a mesquita estava sendo usada como base para o treinamento de crianças soldados, com o Hamas organizando acampamentos de verão para crianças e adolescentes que “passavam por treinamentos semi-militares em escolas e mesquitas.”
“A organização terrorista Hamas viola sistematicamente o direito internacional e opera a partir de infraestrutura civil na Faixa de Gaza, enquanto explora a população civil de Gaza para suas atividades terroristas”, acrescentou as IDF em sua declaração de terça-feira.